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sábado, 13 de dezembro de 2008

Equilíbrio, um fator decisivo para o serviço cristão (Parte 4)

Equilíbrio no uso dos dons:

Pela graça de Deus tenho mais uma vez a oportunidade de escrever. Quero pedir a todos desculpas por tanto tempo sem postar neste blog por estar muito atarefado no trabalho. Dessa vez quero falar sobre a necessidade de equilíbrio no uso dos dons do Espírito, como prometi. Para tanto, quero primeiramente falar sobre alguns pontos importantes sobre a natureza dos dons do Espírito.

1 – Eles são “dons”:

Os dons espirituais são dados (1 Co 12.7) por Deus a nós para a edificação da igreja (1 Co 14.1-5) e para que Deus se manifeste em nosso meio de forma explícita e incontestável, de maneira que os incrédulos sejam convencidos de que Deus está entre nós (1 Co 14.24,25). Portanto, não achemos nós que somos alguma coisa por termos recebido de Deus algum dom, afinal, Deus nos concede tudo pela sua graça, ou seja, pelo seu favor, mesmo que não mereçamos. Como afirma o Pr. Silas Malafaia em sua mensagem intitulada “O Reino de Deus”, “A manifestação dos dons do Espírito não é a prova de que Deus tem aprovado todos os nossos atos, mas é a manifestação da misericórdia de Deus para conosco”. Não esqueçamos que a igreja a qual não lhe faltava um só dom nos dias de Paulo, foi também uma das igrejas mais problemáticas (1 Co 1.7).

2 – Eles são para hoje:

Me admira que dois mil anos depois de Cristo ter provado que as Escrituras não falham, pois são a Palavra de Deus, ainda existam desafiadores da Bíblia que afirmam, contra ela própria, que os dons cessaram. Para eles é aceitável que Satanás levante suas súditos milagreiros com todos os sinais que eles têm direito, mas para estes mesmos, é irracional que Deus conceda dons para seus ministros pelo seu poder e graça de forma que Ele se manifeste. Ou seja, para eles, os filhos do Diabo podem ter dons, mas os de Deus não! Aconselho aos tais que humildemente olhemos para a Bíblia despojados de nossa própria sabedoria para que a sabedoria de Deus seja manifesta, e pergunto aos tais, onde há na Bíblia um só versículo que nos diga que os dons do Espírito cessaram?! Enquanto eles pensam quero mostrar dezenas de versículos que provam que eles são reais e que estão disponíveis hoje para todos os que crêem que Deus ainda fala e faz milagres (Mc 16.15-18; At 2.39; 6.8; 11.27,28; 14.3;15.32; 21.9-12; Rm 1.11; 12.8; 15.19; 1 Co 1.7; 12.1 – 14.40; Gl 3.5; Ef 4.7-12; 1 Tm 4.14), estes são alguns dos muitos versículos que provam que os dons do Espírito não cessaram e quero por em destaque At 2.39: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.”, essa é a última pá de terra na cova do cessacionismo. Quero, no entanto, dizer aos meus irmãos tradicionais, que apesar de não concordar com sua visão cessacionista, os respeito e estimo, pois somos irmãos em Cristo. Não há lugar no cristianismo para desavenças, por isso, vençamos este demônio chamado intriga que permeia o meio evangélico brasileiro, afinal, o reino de Deus é um só e na Glória estaremos todos unidos sem placa de denominação ou corrente teológico-filosófica. Bom, já falei muito sobre os dons, quero me ater a essência deste artigo, o equilíbrio.
Vencendo os exageros:

Assim como existem pessoas que não crêem nos dons espirituais, também existem aqueles que os colocam num patamar tão elevado na igreja que desprezam o ensinamento da Palavra de Deus e há os que em vez de sujeitarem suas experiências à revelação trazida pela Bíblia, pelo contrário, sujeitam a interpretação da Bíblia às suas experiências. No entanto, a única fonte segura de conhecimento acerca dos dons do Espírito é a Palavra de Deus e devem, nossas experiências sobrenaturais, passarem pelo crivo das Escrituras para sabermos se vêm, ou não, de Deus. O fanatismo com relação aos dons certamente levará alguns a perder sua fé nas manifestações pentecostais, uma profecia que não se cumpriu, uma revelação que não condiz com a veracidade os fatos, um movimento estranho que se assemelha aos cultos afro-brasileiros, línguas usadas de maneira errada, ausência da Palavra no culto dando lugar ao experiencialismo, adoração extravagante, gritarias excessivas, todas essas manifestações sem sentido que acontecem no meio pseudo-pentecostal podem até mesmo desviar alguns do interesse pelo culto, ou pior, podem envolvê-los nessa liturgia barata fazendo-os perder a sensibilidade espiritual e o desejo pelas verdadeiras manifestações do Espírito (1 Co 14.23). Sabemos que Deus fala através do dom da profecia, busquemos o dom da profecia, sabemos que Deus cura os doentes, busquemos os dons de curar, sabemos que Deus nos capacita a falarmos várias línguas, busquemos o dom da variedade de línguas, sabemos que Deus se manifesta no culto, busquemos essas manifestações verdadeiras para as nossas vidas, pois é desejo de Deus realizá-las, mas não deixemos de pregar a Palavra de Deus nem de louvar a Deus com sabedoria, nem de orar a Deus pois, no culto deve haver hora para todos esses elementos (1 Co 14.26).

Irmãos, quero glorificar a Deus por sua graça pois mesmo com nossos erros ele nos ama e quer nos transformar. Não sejamos meninos no entendimento (1 Co 13.11,12), Deus quer dar-nos mais e mais da sua sabedoria, discernimento e conhecimento, não desprezemos a sua Palavra, pois ele é o nosso Deus. Uma igreja capacitada pelo Senhor através dos dons certamente será vitoriosa se usá-los corretamente, porém uma que não sabe usar esses mesmos dons com sabedoria ira fracassar. A igreja no Brasil tem muito terreno a ser conquistado, muitas almas a serem ganhas, usemos a virtude do Espírito Santo para esse propósito e seremos testemunhas do Senhor Jeová, testemunhas verdadeiras e não por nossa própria boca, mas pela Palavra do próprio Deus que diz: “... E serme-eis testemunhas... ”, quando? Quando vier sobre vós “... a virtude do Espírito Santo... ” (At 1.8). Para finalizar quero deixar um versículo que expressa toda a temática desse artigo: "Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo." (2 Pe 3.18a).
Amém!

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