Como já disse em minha postagem anterior, vivemos tempos trabalhosos, assim diz a Escritura:
“Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; sempre aprendendo, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade.” (2 Timóteo 3:1-7).

E eu digo: tudo e mais um pouco. O vocábulo “Apologética“ é uma derivação do vocábulo “apologia”, que vem do grego απολογία e significa “defesa verbal”. A apologética teve importante papel na história da Igreja Cristã, já que sempre houve ataques de fora ou mesmo heresias em seu seio, assim as defesas da Sã Doutrina foram fundamentais para a formação das doutrinas como as conhecemos hoje. Assim alguns nomes como Ário, Montano, facções citadas por escritos apostólicos, como os “da circuncisão” por Paulo, e heresias combatidas como o gnosticismo, já por João e posteriormente pelos Pais da Igreja nos séculos diretamente posteriores à ascensão de Cristo puderam ser combatidas e a saúde doutrinária da Igreja, preservada. A Apologética Cristã nasceu da necessidade dos cristãos de defenderem a Fé Cristã de ataques de dentro e de fora, por meio de uma argumentação racional que abriu o caminho para a sistematização do conhecimento bíblico, ou seja, para a Teologia Cristã.
Considerações Importantes sobre a Defesa do Evangelho
1 - Dar nome “aos bois” às vezes é imprescindível:
Infelizmente, por vezes não adianta apenas dizer que um ensino está errado ou que segui-lo pode gerar morte espiritual ou uma decepção lá na frente. Dar exemplos claros, de forma que todos possam compreender, pode salvar uma vida do engano das heresias, porém esta explicitação deve levar em conta que o mais importante é mostrar a verdade, e não, mostrar que o fulano-de-tal está errado. Há uma grande diferença entre evidenciar a verdade e difamar as pessoas. Por outro lado, existem casos em que simplesmente mostrar que um ensino é errôneo já basta, principalmente quando já há um entendimento, mesmo que inconsciente ou raso de que o ensino não condiz com as Escrituras ou quando se trata apenas de um deslize não tão grave e que pode ser cometido por qualquer um. Jesus nunca citou um nome específico referindo-se a heresias, porém várias vezes censurou os fariseus, saduceus, e até mesmo muitos discípulos que queriam segui-lo apenas para satisfazer seus desejos carnais (Jo 6).
2 – O criticar nem sempre é falta de amor:

3 – Julgar nem sempre é errado;
Jesus ensinou que não devemos julgar de forma temerária, ou seja, que não devemos caluniar, dizer que o fulano-de-tal fez o que ele não fez, ou espalhar o erro do irmão, do qual já se tem provas, só por maldade (Mt 7.1-5). Quando o erro se torna rebeldia e está ameaçando a saúde espiritual de nossos irmãos em Cristo, não há outro jeito, se não explicitar, trazer à tona, porém com responsabilidade. Em outras passagens bíblicas vemos ordens explícitas de julgarmos e foi pra isso que Deus nos deu discernimento (Mt 18. 15-17).
Conclusão:
Apologética Cristã significa defesa do Evangelho. A Igreja por vezes teve de opor-se severamente contra heresias inclusive citando nomes ou grupos de heréticos. Os dias atuais pedem ações enérgicas da Igreja em relação à apologética, pois doutra forma, as heresias arrebatarão milhões de cristãos da sã doutrina. Deus nos deu discernimento para julgarmos com responsabilidade e amor.
Em Cristo,
Clébio Lima de Freitas