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sábado, 30 de outubro de 2010

Reforma Protestante. 493 anos depois...


A história é antiga, os problemas são atuais. 31 de outubro de 1517, Lutero, um homem que pensava e refletia sobre o cristianismo de sua época, fincou suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg na Alemanha. Os assuntos não eram novidades, ele simplesmente defendia que os cristãos seguissem a Cristo antes de seguir às tradições de seus tempos. Com sua astúcia, influenciou não só o cristianismo, mas trouxe até nós a liberdade de expressão, derrubou novamente, por assim dizer, o véu que mais uma vez os “sacerdotes” haviam erigido para separar as pessoas de Deus (Mt 27.51; Hb 10.19; Mt 23.17). Defendia que a Bíblia fosse lida por todos, pois ela, somente ela, segundo ele, tem autoridade sobre os salvos, alguém discorda? Defendia que a salvação é em Cristo e não na igreja-fulana-de-tal e que tal salvação não pode ser comprada, negociada ou barganhada, pois não vem de nós, é dom de Deus e só a tem quem crê em Cristo e em sua Palavra (Ef 2.8). Defendia que os cristãos não deviam ser mundanos, sendo levados pelo modo de viver da maioria (Rm 12.2). Defendendo tais valores, foi excomungado da Igreja Católica Apostólica Romana, mas continuou defendendo o Evangelho influenciando uma nova ramificação do cristianismo, o Protestantismo, assim chamado pela primeira vez por protestar contra os desmandos da igreja na época.

Hoje os problemas, como já disse, são os mesmos, mesmo em meio ao protestantismo. Os ídolos podem ser outros, mas estão por aí, nos púlpitos e programas de TV, internet, etc.. As indulgências são diferentes, mas têm sido cobradas e pagas aos montões. O sectarismo continua, e muitos, mesmo afirmando que creem que é Cristo que salva, voltam a afirmar a triste frase: “Só a minha igreja vai ao Céu”. O mundanismo está maior e muitos afirmam descaradamente aos que ainda resistem e rejeitam: “Não tem nada a ver! Jesus me ama do jeito que eu sou e se ele quiser, ele mesmo me conserta”, isso é bem verdade, mas a salvação depende da graça de Deus e da resposta do homem a esse favor, se esforçando, rejeitando o mundo, contrapondo-se a sua própria natureza (Rm 12.2; Fp 12.2; 1 Tm 4.16; Jo 8.11).

493 anos depois (aniversário a ser comemorado no dia 31 de outubro de 2010), o que fazer pra revertermos esta situação? A mesma coisa que Lutero fez, anunciar a Verdade, Cristo, a Salvação. Devemos orar por nós mesmos e pelo mundo perdido que acha que conhece a Cristo, mas não o conhece! Vamos reverter tal situação? As Escrituras dizem que o mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19) e que caminha para um período de tremenda tormenta (ler Mt 24) mas, enquanto a igreja não é arrebatada, em meio à mornidão espiritual certamente haverá um povo no qual se cumpre a profecia de Joel reafirmada por Pedro:

“E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos; E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; E farei aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na terra, Sangue, fogo e vapor de fumaça. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (At 2.17-21).

Podemos destacar também o que Pedro afirma sobre este mesmo derramar do Espírito:

“Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. ” (At 2.39).

Logo, apesar de vermos que as coisas pioram no geral, para o povo escolhido de Deus haverá avivamento e a Palavra de Deus ainda será pregada. Deus nos chama para sermos os novos Luteros para que anunciemos as verdades defendidas pelas Escrituras.

Em Cristo,

Clébio Lima de Freitas

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