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sábado, 9 de outubro de 2010

Nossa Esperança e a esperança deste mundo.

"Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça."(2 Pe 3.13)

Em época de eleição, quando nos aflora um sentimento político quase que irresistível, me deparo com uma grande contradição na qual a igreja tem mergulhado. Pastores, cantores, congregados, cristãos em geral têm-se candidatado e alguns têm sido eleitos com a missão de melhorar a vida das pessoas, uma proeza ainda não atingida de forma absoluta em época alguma da história da humanidade. Alguns citam casos bíblicos como José, filho de Jacó que governou o Egito, estando abaixo apenas de Faraó como comandante daquela terra (ler Gn a partir do cap. 37), citam também Pv 29.2 que faz uma comparação entre o governo do justo e o do ímpio, e por aí vai. A história já provou que se pode usar a Bíblia como pressuposto pra o que se quiser, que dirá Hitler... Mas até que ponto é saldável que o povo de Deus esteja tão apreensivo com relação à política a ponto de pregadores acusarem candidato A ou B com tanto fervor em pleno púlpito? Nossa preocupação deve ser mesmo esta? Esses dias ouvi de uma mendiga que pedia esmolas em frente a um templo pretensamente cristão que ateou fogo em si mesma. O que tem acontecido com nosso cristianismo? Não será uma inversão de valores que nos tem feito olhar para o lado errado? Temos orado para buscarmos poder do alto? Temos anunciado a Mensagem da Cruz? Temo-nos esforçado para que os incautos venham a conhecer a Palavra da Verdade? Como disse o Pr. Silas Malafaia hoje pela manhã em seu programa, as nossas obrigações como servos de Deus não anulam as nossas obrigações como cidadãos desta terra, logo é importante termos consciência sobre em quem vamos votar e diga-se de passagem, como tem sido complicado determinar quem é "menos pior" nesta história... Porém, não podemos deixar que esse dever cívico nos faça esquecer que temos uma obra maior a realizar nesta terra, a de levar os perdidos ao conhecimento da verdade em Cristo Jesus! Quais têm sido nossas preocupações nestes últimos dias? Temos buscado salvar os perdidos do fogo (Jd 1.23), cuidar dos desamparados (Tg 1.27) e pregoar-lhes as Boas Novas de Cristo (Lc 8.1)? No texto que usei como introdução para esta reflexão, o Apóstolo Pedro nos afirma que esperamos novos céus e nova terra em que habita a justiça, logo devemos estar conscientes de que não haverá um Céu neste mundo, pois ele será mudado e só então habitaremos num lugar de justiça, portanto a política não vem para resolver os problemas, mas para diminuí-los por um pouco de tempo antes que as profecias se cumpram e finalmente Céus e Terra sejam uma mesma grei. Não esqueçamos que o Reino de Deus não é deste mundo (Jo 18.36). O que quero salientar aqui é que é bom que homens e mulheres influentes no mundo evangélico deem suas opiniões sobre política e eté digam quais sejam seus candidatos, mas peço que não esqueçam que a salvação dos perdidos é mais importante que nosso dever cívico! Para terminar, faço um apelo, vote no candidato que você considerar mais preparado e que será mais benéfico, ou menos manlefico, para a sociedade como um todo e continue realizando seu dever de cristão enquanto não é decidido o destino de nossa nação, pois quem está perdido continua necessitado de salvação.


Com temor e tremor,

Clébio Lima de Freitas

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